RPG é construtivismo

Por Mestre Morfeu

Salve Nerdaiada

Nesta postagem, estaremos falando sobre uma concepção do conhecimento chamada de CONSTRUTIVISMO!!!!!



Mestre, que diabos é esse tal de Construtivismo????

Clica ai eu explico

Especial Dia do Psicólogo



JURAMENTO DO PSICÓLOGO
"Como psicólogo, eu me comprometo a colocar minha profissão a serviço da sociedade brasileira, pautando meu trabalho nos princípios da qualidade técnica e do rigor ético. Por meio do meu exercício profissional, contribuirei para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão na direção das demandas da sociedade, promovendo saúde e qualidade de vida de cada sujeito e de todos os cidadãos e instituições."

Crônica da Loucura

(Mario Prata)

O melhor da Terapia é ficar observando os meus colegas loucos.
Existem dois tipos de loucos. O louco propriamente dito e o que cuida do louco: o analista, o terapeuta, o psicólogo e o psiquiatra. Sim, somente um louco pode se dispor a ouvir a loucura de seis ou sete outros loucos todos os dias, meses, anos. Se não era louco, ficou. Durante quarenta anos, passei longe deles.

Pronto, acabei diante de um louco, contando as minhas loucuras acumuladas. Confesso, como louco confesso, que estou adorando estar louco semanal.

O melhor da terapia é chegar antes, algumas minutos e ficar observando os meus colegas loucos na sala de espera. Onde faço a minha terapia é uma casa grande com oito loucos analistas. Portanto, a sala de espera sempre tem três ou quatro ali, ansiosos, pensando na loucura que vão dizer dali a pouco. Ninguém olha para ninguém. O silencio é uma loucura. E eu, como escritor, adoro observar pessoas, imaginar os nomes, a profissão, quantos filhos têm, se rotarianos ou leoninos, corintianos ou palmeirenses. Acho que todo escritor gosta desse brinquedo, no mínimo, criativo.

E a sala de espera de um “consultório médico”, como diz a atendente absolutamente normal (apenas uma pessoa normal lê tanto Paulo Coelho como ela), é um prato cheio para um louco escritor como eu. Senão, vejamos:

Na última quarta-feira, estávamos eu, um crioulinho muito bem vestido, um senhor de uns cinqüenta anos e uma velha gorda. Comecei, é claro, imediatamente a imaginar qual seria o problema de cada um deles?Não foi difícil, porque eu já partia do principio que todos eram loucos, como eu. Senão, não estariam ali, tão cabisbaixos e ensimesmados.O pretinho, por exemplo. Claro que a cor, num país racista como o nosso, deve ter contribuído muito para levá-lo até aquela poltrona de vime. Deve gostar de uma branca, e os pais dela não aprovam o casamento, pensei. Ou era que não conseguiu entrar como sócio do “Harmonia do Samba”? Notei que o tênis estava um pouco velho. Problema de ascensão social, com certeza. O olhar dele era triste, cansado. Comecei a ficar com pena dele. Depois notei que ele trazia uma mala. Podia ser o corpo da namorada esquartejada lá dentro. Talvez apenas a cabeça. Devia ser um assassino, ou suicida, no mínimo. Podia ter também uma arma lá dentro. Podia ser perigoso.Afastei-me um pouco dele no sofá. Ele dava olhadas furtivas para dentro da mala assassina.E o senhor de terno preto, gravata, meias e sapatos também pretos? Como le estava sofrendo, coitado. Ele disfarçava, mas notei que tinha um pequeno tique no olho esquerdo. Corno, na certa. E manso. Corno manso sempre tem tiques. Já notaram? Observo as mãos. Roía as unhas.

Insegurança total, medo de viver. Filho drogado? Bem provável. Como era infeliz esse meu personagem. Uma hora tirou o lenço e eu já estava esperando as lágrimas quando ele assoou o nariz violentamente, interrompendo o Paulo Coelho da outra. Faltava um botão na camisa. Claro, abandonado pela esposa. Devia morar num flat, pagar caro, devia ter dívidas astronômicas. Homossexual?Acho que não. Ninguém beijaria um homem com um bigode daqueles. Tingido.Mas a melhor, a mais doida, era a louca gorda e baixinha. Que bunda imensa. Como sofria, meu Deus. Bastava olhar no rosto dela. Não devia fazer amor há mais de trinta anos. Será que se masturbaria? Será que era esse o problema dela? Uma velha masturbadora? Não! Tirou um terço da bolsa e começou a rezar. Meu Deus, o caso é mais grave do que eu pensava. Estava no quinto cigarro em dez minutos. Tensa. Coitada. O que deve ser dos filhos dela?

Acho que os filhos não comem a macarronada dela há dezenas e dezenas de domingos. Tinha cara também de quem mentia para o analista. Minha mãe rezaria uma Salve-Rainha por ela, se a conhecesse.Acabou o meu tempo. Tenho que ir conversar com o meu psicanalista.Conto para ele a minha “viagem” na sala de espera. Ele ri, ri muito, o meu psicanalista:

"- O Ditinho é o nosso office-boy. O de terno preto é representante de um laboratório multinacional de remédios lá no Ipiranga e passa aqui uma vez por mês com as novidades. E a gordinha é a Dona Dirce, a gordinha é a minha mãe.

E você não vai ter alta tão cedo…"

Caça-palavras Psicológico

Apenas uma brincadeira, das muitas que circulam pela Internet!

As 3 primeiras palavras que você achar dizem muito sobre você neste momento...

Assim diz a brincadeira... (Mas será? Reflita!)




Quais as 3 primeiras palavras que você achou? 

Marcha do Boleto 05/08

Por Natalia Bonfim



No dia 05 de agosto, na Av. Liberdade, 899, a partir das 19h será realizada a Marcha do Boleto, ou ainda a Parada dos Sem Boleto! Os alunos reivindicam o mínimo e o básico: boleto bancário, já que todo mês tem de enfrentar filas enormes para pagar a faculdade. Mas isso é apenas uma das questões. A outra diz respeito à segurança dos alunos, que portam cheque ou dinheiro da mensalidade todo mês, correndo perigo desnecessário.

A questão da politicagem por trás disso nos é desconhecida e nos interessa sim, é claro, pois nos afeta, a nós alunos, que muitas vezes perdemos aulas para ficar na fila da tesouraria. Afeta também os professores, que acabam com uma turma reduzida em dias de pagamento, afetando o andamento das aulas, sendo, portanto, uma questão que interessa a todos (dos ladrões de rua aos ladrões de gabinete, inclusive). 

Exigimos da reitoria uma atitude já!!!

Acompanhe o evento através do link no facebook: MARCHA DO BOLETO

Tiras & Charges - parte 3




Para minha linda turma (rumo ao 5ºsemestre) que me cobrou providências ao ver Freud de saias... Aí vai, especialmente para vocês!!! Ass.: Natalia.)










SUGIRA UMA CHARGE OU TIRINHA!!!
ENVIE PARA PRO-MO-VO@HOTMAIL.COM

As cinco fases do luto - Elisabeth Kübler-Ross

A reação psíquica determinada pela experiência da morte (perda), foi descrita por Elisabeth Kübler-Ross em seu livro "Sobre a morte e o morrer" tendo cinco estágios:

1. Negação e Isolamento: são mecanismos de defesa temporários do Ego contra a dor psíquica diante da morte. A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a Negação e o Isolamento não persistem por muito tempo.

2. Raiva: surge devido à impossibilidade do Ego manter a Negação e o Isolamento. Nessa fase a pessoa expressa raiva por aquilo que ocorre, geralmente essas emoções são projetadas no ambiente externo, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.

3. Barganha: acontece após a pessoa ter deixado de lado a Negação e o Isolamento, “percebendo” que a raiva também não resolveu. Nessa fase busca-se fazer algum tipo de acordo de maneira que as coisas possam voltar a ser como antes. Começa uma tentativa desesperada de negociação com a emoção ou com quem achar ser o culpado de sua perda. Promessas, pactos e outros similares são muito comuns e muitas vezes ocorrem em segredo.

4. Depressão: Nessa fase ocorre um sofrimento profundo. Tristeza, desolamento, culpa, desesperança e medo são emoções bastante comuns. É um momento em que acontece uma grande introspecção e necessidade de isolamento, aparece quando a pessoa começa a tomar consciência de sua debilidade física,  já não consegue negar as condições em que se encontra atualmente, quando as perspectivas da perda são claramente sentidas. Evidentemente, trata-se de uma atitude evolutiva; negar não adiantou agredir e se revoltar também não, fazer barganhas não resolveu. Surge então um sentimento de grande perda.

5. Aceitação: nesse estágio a pessoa já não experimenta o desespero e não nega sua realidade. As emoções não estão mais tão à flor da pele e a pessoa se prontifica a enfrentar a situação com consciência das suas possibilidades e limitações. Claramente o que interessa é que o paciente alcance esse estágio de aceitação em paz e com dignidade, mas a aceitação não deve ser confundida com um estágio feliz, ela é quase destituída de sentimentos.



Kübler-Ross originalmente aplicou estes estágios para qualquer forma de perda pessoal catastrófica, desde a morte de um ente querido até o divórcio, qualquer mudança pessoal significativa pode levar a estes estágios. Também alega que estes estágios nem sempre ocorrem nesta ordem, nem todos são experimentados pelas pessoas, mas afirmou que uma pessoa sempre apresentará pelo menos dois.




Bibliografia sugerida:



KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Sobre a morte e o morrer: o que os doentes têm para ensinar aos médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes. São Paulo, Martins Fontes, 1996. - RESUMO DO LIVRO






KOVÁCS, Maria Júlia. Morte e desenvolvimento humano. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1992.

#Entrevistando Psicólogos - 3ª entrevista

Nome: Miriam Aparecida Herrera Fernandes
Formada em: 1980


1. Quando começamos o curso, todos perguntam por que escolhemos Psicologia. Hoje, afinal, você consegue responder esta pergunta? Em que outras carreiras pensou?
Pensei em Psiquiatria, mas só de pensar em fazer Medicina me dava arrepios, então fui fazer Psicologia e acabei me orientando para a área da saúde mental e social, ainda bem!!!!
  
2. Como foi entrar no mercado de trabalho? 
Díficil, trabalhei em consultório com os amigos logo após formada, mas trabalhando em meio período em outra área, até que fiz concurso público e passei na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo - no Hospital de Juqueri, depois fui dar aula na Unisa e depois FMU, por indicação de amigo.
  
3. Em qual ou quais áreas atua hoje?
Atendo em consultório, traballho na área de saúde mental em serviço público e dou aulas de Psicologia Social e supervisão de estágio em Psicologia Preventiva e da Saúde.

4. Teve alguma experiência profissional ruim em que pensou: "isso não é para mim"? Se puder conte também alguma experiência em que se sentiu realizado.
Trabalhei pouco tempo logo após formada em um Psicotécnico, não gostei. Tive, graças a Deus, várias experiências em que me senti realizada. Um caso que atendo até hoje é de uma mulher que comecei a atender quando ainda era jovem, com 03 tentativas de suicídio. Hoje ela é mãe, cuida muito bem de seu filho, não sem neuras, e começou a trabalhar exatamente hoje, isso tudo com muita dificuldade, mas é muito prazeroso poder acompanhar tudo isso, as vezes tenho dúvidas, mas no computo geral acho que ela vai muito bem. Um bonito trabalho o nosso, meu e dela, apesar de todas as dificuldades.

  
5. Uma palavra, uma frase ou mensagem aos estudantes de Psicologia. Qual a sua?
Amem a vida apesar das baixas, ela que nos conduz adiante apesar de todas as dificuldades! Cada dia é um dia a partilhar com nossos parceiros: amigos, pacientes, amantes, maridos, namorados, familiares, pessoas que conhecemos na rua, pessoas que cuidam de nós e nossos amados bichos, todos precisam de nós e nós precisamos deles! Parece simples, mas é um trabalho diário difícil esse: viver. Um abraço, Miriam Fernandes.

Semana da Luta Antimanicomial

Dia 18 de maio é comemorado o dia da Luta Antimanicomial.
Alunos do último ano do curso de Psicologia, através da Prof. Miriam Herrera Fernandes, passaram filmes relativos à luta antimanicomial e  divulgaram os projetos de geração de trabalho e renda do Caps II e Caps AD da rede de saúde mental de Embu das Artes juntamente com o projeto DASDOIDA, que  levaram produtos confeccionados por usuários para comercialização. A comemoração aconteceu nos dias 16 e 23 nos Campus da Santo Amaro e da Liberdade, respectivamente. 







No último sábado, 21, próximo ao CAPS da Unifesp, na Vila Mariana, aconteceu a V Feira de Saúde Mental e Economia Solidária. Houve apresentação de filmes, dança, teatro, venda de produtos artesanais e alimentos, tudo feito por usuários em oficinas de diversos CAPS da Grande São Paulo.



Interconsulta

Trabalho apresentado pelo grupo do 4º semestre na aula de Psicologia dos Relacionamentos na Saúde Coletiva. O vídeo foi feito com base no caso apresentado, ilustrando os três modelos de interconsulta*:

  1. Interconsulta para entender melhor o que está acontecendo com um determinado paciente;
  2. acompanhamento em conjunto com o profissional com dificuldades de falar sozinho;
  3. quando o profissional está com dificuldades pessoais.
 Interconsulta
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*Bibliografia sugerida:
Recursos de Relacionamento para Profissionais de Saúde (Canella, Paulo R. B.; Maldonado, Maria Tereza).

Uma outra providência

JANIO DE FREITAS

"Não foi o revólver que atirou em Realengo, foi a cabeça do atirador. Para casos de transtorno mental, falta o conhecimento de serviços capazes do auxílio."


A MISTURA DE emoções penosas e cobranças e promessas de pretensas medidas preventivas é um hábito brasileiro, ainda que não só nosso. A combinação é péssima, com a pressa ocupando o lugar da calma indispensável para a ponderação dos problemas e das sempre variadas propostas para prevenir repetições do fato perverso.

Ainda nos desdobramentos imediatos da tragédia de Realengo estavam já propostas e promessas de ações entre pessoas emocionadas e representantes governamentais. Polícia na porta das escolas; fortalecimento e sistemas escolares de vigilância contra violência, ampliação prática das restrições à posse de armas são as majoritárias, muitas vezes igualado seu teor simplório ao pedantismo do "especialista" que também as propunha.

Um policial na porta da escola seria, como disse o secretário José Mariano Beltrame, o primeiro a morrer em Realengo. Esse gênero de proteção tem sido inócuo onde quer que adotado.

Que o digam os bancos, os restaurantes paulistas com vigilante e os shoppings em todas as cidades. Fazer das escolas fortalezas seria absurdo em muitos sentidos, além da evidência de que mesmo quartéis são assaltados, inclusive em seus bancos internos como o da Vila Militar no Rio. E por aí vai.

Os projetos na Câmara e no Senado para ampliação do porte de armas, citados pela aritmética jornalística desde 11 até 300 e tantos na fila, não têm cabimento algum. Muito ao contrário, os portes admitidos por lei devem ser mais reduzidos. O que justifica, entre outros, o porte de arma por bombeiros? Mesmo o porte de armas livre para militares deveria ser objeto de exame (se isso fosse possível no Brasil), com os exemplos do seu mau uso, até a pretexto do trânsito, e a carência de exemplos positivos.

Mas, quanto a episódios de monstruosidade e seus revólveres: se um homicida como o de Realengo, em vez do revólver, matar com faca, alcançará igualmente o seu objetivo.

Não foi o revólver que atirou em Realengo. Não foram os dedos que o acionaram. Foi a cabeça do atirador. Nessas violências, antes de tudo está a cabeça. E por que ela agiu, no caso e nos demais de desatino semelhante? Por desconhecimento e inércia -o que não quer dizer culpa- de segundos e terceiros mais próximos, ou menos distantes, do rapaz arredio.

As poucas e breves narrativas que o retratam, na visão de parentes, expõem com toda a clareza um longo caso de transtorno mental necessitado de tratamento. As narrativas demonstram, na mesma medida, que não faltou a percepção desse estado por quem ouvia ou observava o rapaz: o fascínio pelo ataque às torres em Nova York, o desejo de destruir o Cristo Redentor, a reclusão voluntária, a alteração da própria figura -tudo muito indicativo e bem percebido.

Apesar disso, não houve iniciativa alguma. Apenas estranheza. Não há por que imaginar descaso, muito menos de todos. A falta, tudo indica, foi de conhecimento do que fazer. De conhecimento da existência de serviços capazes do auxílio, até em um simples posto de saúde apto a dar orientação sobre o serviço a procurar. Sim, tais serviços são pouco numerosos; faltam-lhes mais verbas, mais pessoal, mais instalações. Existem, no entanto. E devem ser procurados para casos como o do rapaz de Realengo. Tão numerosos.

A providência que falta é a informação ao grande público sobre o que está ao seu alcance, quando estranhezas excessivas e injustificáveis impressionem. Não porque a persistência das condutas leve a desfechos horríveis. Mas o sofrimento do próprio transtornado já é bastante para uma iniciativa solidária.
Providência governamental já atrasada é uma campanha insistente de esclarecimento do grande público, sobre o que deve fazer diante de casos como o do rapaz de Realengo antes da explosão de seu distúrbio. Isso, sim, é uma das prevenções necessárias - para pacientes e para a sociedade.

Do contrário, nos casos que vão aos extremos, quando não forem revólveres, serão facas, serão barras de ferro, serão as mãos. E, nos outros casos, será o sofrimento reparável de tanta gente, dos pacientes às famílias e aos próximos.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1004201105.htm

E você, o que acha sobre isso? Dê sua opinião!

#Entrevistando Psicólogos - 2ª entrevista

Nome: Jucely Giacomelli 
Formada em: 1976


1. Quando começamos o curso, todos perguntam por que escolhemos Psicologia. Hoje, afinal, você consegue responder esta pergunta? Em que outras carreiras pensou?
 A minha primeira escolha sempre foi Psicologia. Durante um periodo estive voltada para uma outra carreira que também demanda formação continuada, paciência, comprometimento, disciplina, dedicação, muito amor... ser mãe. Ou seja, o que considero essencial na carreira, seja ela qual for é estes requisitos que enumerei, aliados a gostar muito do que escolher, só assim as dificuldades que os começos demandam são superados com maior tranquilidade.
  
2. Como foi entrar no mercado de trabalho? 
Entrar no mercado de trabalho não é uma tarefa fácil, mas com insistência é possivel alcançar o que desejamos. Fui em busca do que fazia sentido e pessoalmente levei curriculum, ofereci estágio, trabalhei horas sem remuneração, até que foi se consolidando um ambiente de confiança. A carreira voltada para a saúde necessita que possamos estar disponíveis e consigamos de fato passar esta idéia para colegas que possam nos estimular e ajudar no percurso. A circulação entre colegas da mesma área é de suma importância No meu ponto de vista, a análise pessoal, a participação em grupos de estudos, as supervisões de colegas com maior tempo de formação são de importância também na formação profissional.
  
3. Em qual ou quais áreas atua hoje?
Atuo no atendimento de adultos e adolescentes em clínica particular e sou prestadora de serviços em instituição psiquiátrica, para atendimentos emergenciais.
  
4. Teve alguma experiência profissional ruim em que pensou: "isso não é para mim"? Se puder conte também alguma experiência em que se sentiu realizado.
Experiências muitas, mas não as considero boas ou ruins e sim formadoras.
  
5. Uma palavra, uma frase ou mensagem aos estudantes de Psicologia. Qual a sua?
Aos estudantes de psicologia eu diria, experimentem daquilo que vão oferecer um dia: terapia!

#Entrevistando Psicólogos

Nome: Renata Pereira da Silva
Formada em: 2008

1. Quando começamos o curso, todos perguntam por que escolhemos Psicologia. Hoje, afinal, você consegue responder esta pergunta? Em que outras carreiras pensou?
Não sei ao certo por que escolhi. Me lembro que ainda bem nova, com mais ou menos uns 11 anos de idade, sabe-se lá por que, coloquei na cabeça que faria psicologia. Detalhe é que nem sabia direito o que fazia exatamente um psicólogo, mas, de repente, sabia que queria ser uma. Então, o tempo foi passando e acho que as pessoas para quem eu dizia o que queria ser quando crescesse, assim, de forma tão segura, achavam bonitinho e acabavam comprando a idéia.
Quanto a outras carreiras, acho que o que aconteceu comigo foi diferente do que acontece com a maioria dos adolescentes que vai preencher uma ficha de inscrição de vestibular, porque eu, aos 17 anos, só conseguia pensar na resposta para o item “primeira opção”, então, acabava repetindo “Psicologia” nos campos das outras opções. O meu maior receio quando entrei na faculdade foi de não gostar do curso, porque não me imaginava fazendo outra coisa. Mas acho que se tivesse que escolher algo diferente, seria algo como musica ou teatro, cursos que também fiz durante a adolescência.


2. Como foi entrar no mercado de trabalho?
O meu sonho desde o inicio da faculdade sempre foi trabalhar na área clinica e todo mundo com quem conversava me dizia que essa era a área mais difícil. E acredito que seja de fato. Durante a faculdade, fazia terapia em um consultório onde trabalham vários psicólogos e um psiquiatra. Por causa da freqüência com que ia até lá, acabei conhecendo as pessoas, e, quando me formei, uma das profissionais de lá estava saindo, então, ficou sobrando uma sala. Minha psicóloga, que sabia do meu interesse, me convidou para trabalhar lá. Chamei uma amiga da faculdade e começamos a dividir a sala. Isso aconteceu a quase três anos, ainda estou construindo a carreira, e isso só está sendo possível, porque tenho a ajuda dos profissionais do consultório, que acreditam no meu trabalho e me ajudam, encaminhando pacientes, e aos meus pais, que sempre me apoiaram e me ajudam financeiramente e com apoio moral quando a coisa aperta.


 3. Em qual ou quais áreas atua hoje?
Atuo na área clinica, com atendimento individual de adolescentes e adultos, na abordagem Cognitivo-Comportamental.


4. Teve alguma experiência profissional ruim em que pensou: "isso não é para mim"? Se puder, conte também alguma experiência em que se sentiu realizado.
Não digo que tenha sido uma experiência ruim, mas com certeza, foi uma experiência que me fez “cair na real”, literalmente, sobre o que era ser psicóloga, mais especificamente, psicoterapeuta: foi o meu primeiro atendimento, ainda na clinica da universidade, ouvi a historia de vida mais sofrida que já escutei até hoje. Me lembro que saí da sala meio tonta, pensando se realmente teria capacidade para ajudar aquela pessoa ou outras pessoas como ela. Naquele dia, realmente repensei a profissão. Mas eu persisti, e ainda bem!!! Porque é um trabalho muito gratificante, repleto de experiências boas, que são vividas por meio de cada paciente que melhora, por mínimo que seja. É gratificante demais!!! E vale a pena, com certeza!!!
 

5. Uma palavra, uma frase ou mensagem aos estudantes de Psicologia. Qual a sua?
Algumas pessoas a quem conto o que faço me dizem: “nossa, você passa o dia ouvindo os problemas dos outros”, e eu respondo que preciso ouvir os problemas para ajudar a descobrir a solução. Sim, os “problemas” são minha fonte de trabalho. Acho que as três palavras que definem esse trabalho são: dedicação, entrega e paixão. Quem vive isso de verdade, será bem sucedido.

Técnicas de Alteração da Consciência

CURIOSIDADE




O Inuit Throat Singing é uma modalidade nos Jogos de Inverno do Ártico. Podemos vê-lo como um exercício em que o indíviduo altera voluntariamente a consciência, assim como em práticas que envolvem movimentos corporais, como o Yoga e Tai Chi Chaun, e em rituais de repetição oral ou mental de palavras (mantras e orações). No Inuit Throat Singing há um grande controle da taxa respiratória e cardíaca, a fim de que os sons possam ser executados da forma como vemos no vídeo.

Tais técnicas permitem que situações e eventos distressantes tornem-se estímulos não-focalizados, com diminuição da atividade do sistema parassimpático, o que faz com que o praticante sinta-se bem, mais relaxado mental e fisicamente.

Reestreia de Quase Muda

Por Rafael Masini

Quando conheci Natalia*, a autora de Patativas, vi de longe uma menina Quase Muda, sem sorriso nem piada, completamente entregue à escrita. Encontramos em suas palavras um rico universo a ser explorado e começamos o árduo trabalho de transformar seu livro-tonelada em uma peça de teatro. Partimos em um processo de criação coletiva fazendo compilações dos textos de Natalia. Tecemos imagens e costuramos as memórias da autora personagem, sempre passando por nossos registros pessoais. E assim surge uma história. O relato de uma personagem mergulhada nas próprias palavras. Alguém que escreve sua história como único e último recurso de sobrevivência.


Meia entrada: R$ 10,00

* Natalia Bonfim é atualmente aluna de Psicologia da FMU, 4º semestre.


TEMPORADA

05 à 27 de fevereiro
sábados às 20h30 e domingos às 19h30
No Espaço Elevador: R. 13 de maio, 222 - Bela Vista
Informações: (11) 3477-7732

FICHA TÉCNICA

Direção: Rafael Masini
Elenco: Beatriz Calló, Luisa Taborda, Luíza Zaidan e Maria Eugenia Portolano
Enfermeiros: Guilherme Prado, Letícia Negretti, Pamella Martelli, Renata Coppola e Thiago Neves
Voz em Off: Natalia Bonfim
Iluminação: Erike Busoni
Operação de Luz: Lui Seixas
Operação de Som: Aninha de Andrade

Imagens do Inconsciente

Théodore Géricault, pintor francês do século XIX, na fase derradeira do seu trabalho, dedicou-se à pintura dos pacientes mentais do seu psiquiatra, o doutor Étienne-Jean Georget, que o orientou  a dedicar-se a este trabalho como forma de terapia ocupacional. Géricault pintou uma série de dez retratos de doentes mentais que contém sentimentos de compaixão e crítica.

Géricault: Portrait of Insane
Woman, 1822

Visite também o site do  Museu de Imagens do Inconsciente da Psiquiatra brasileira Nise da Silveira. Muito interessante para quem é da área da Psicologia, Psiquiatria, Terapia Ocupacional, Arterapia.... e para o público em geral. ENJOY!!!