Reflexões Humanistas – Carl Rogers


Segundo post da série - Reflexões Humanistas

 ·        Como poderei criar uma relação de ajuda?


1- Poderei conseguir ser de uma maneira que possa ser apreendida pelo outro como merecedora de confiança, como segura ou consistente no sentido mais profundo do termo? Tanto a investigação como a experiência nos indicam que isso é muito importante e, com o decorrer do tempo, encontrei respostas que julgo serem melhores e mais profundas para esta questão. Parecera-me que se apresentasse todas as condições exteriores que inspirassem confiança – a pontualidade nas entrevistas, o respeito pela natureza confidencial das entrevistas, etc. – e se eu agisse da mesma maneira durante as entrevistas , estas condições estariam cumpridas. A experiência, porém, ensinou-me que, por exemplo, o fato de me comportar com uma atitude permanente de aceitação  se na realidade me sentir irritado, cético ou com qualquer outro sentimento de não aceitação, acabaria que fosse considerado com inconsistente ou não merecedor de confiança. Comecei a reconhecer que ser digno de confiança não implica ser coerente de uma forma rígida, mas sim que se possa confiar em mim como realmente sou. Empreguei o termo “congruente” para descrever o modo como eu gostaria de ser. Com este termo pretendo dizer que qualquer atitude ou sentimento que esteja experienciando se adapta a consciência que tenho desse sentimento ou dessa atitude. Quando isso é verdade, então eu sou nesse momento uma pessoa unificada e integrada e é então que posso ser quem sou no mais intimo de mim mesmo. Esta é uma realidade que, por experiência, proporciona aos outros confiança.
Carl Rogers – Tornar-se Pessoa


Reflexões Humanistas – Carl Rogers

Primeiro post da série - Reflexões Humanistas

·        O que são relações de ajuda?

“Entendo por esta expressão uma relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida. O outro, neste sentido, pode ser, quer um indivíduo, quer um grupo. Em outras palavras, a relação de ajuda pode ser definida como uma situação na qual um dos participantes procura promover no numa ou noutra parte, ou em ambas, uma maior apreciação, uma maior expressão e uma utilização mais funcional dos recursos internos latentes do indivíduo.
É, no entanto, claro que uma definição deste gênero abrange toda uma série de relações cujo objetivo geral é facilitar o crescimento. Ela inclui, sem sombra de dúvida, as relações da mãe ou do pai com seu filho, a relação do médico com o doente, do terapeuta com seu cliente e do professor com seu aluno.”
Carl Rogers – Tornar-se Pessoa

PSICOLOGIA & PSICOFARMACOLOGIA


Desde setembro de 1991, há um programa do “Departamento de Defesa” dos EUA, no qual psicólogos militares prescrevem remédios. Desde 1999 há locais com legislações que normalizam essa estratégia química do psicólogo clínico.

Em 2002, o governador Gary Johnson, usando os ótimos resultados do “Departamento de Defesa” americano, aprovou uma lei que autorizou que os psicólogos com pós-graduação em farmacologia pudessem prescrever remédios.

A pós-graduação em Farmacologia para psicólogos tem duração de 450 horas, com prática clínica supervisionada e conta com uma certificação nacional. Esse curso americano conta com disciplinas, que os psicólogos brasileiros já cursam na sua graduação, como, por exemplo: psicofarmacologia, neuroanatomia, neurofisologia, clinica farmacológica, farmacologia, fisiopatologia, epidemiologia, etc. Após aprovado no exame nacional, o psicólogo recebe uma licença para praticar a prescrição de remédios (com supervisão) durante 02 anos. Após esse tempo, o psicólogo está apto a prescrever remédios sem supervisão...

No Brasil já existem inúmeros psicólogos com especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado na área farmacológica. Como comentam os psicólogos Dr. Jesus Landeira-Fernandez e Dr. Antônio Pedro de Mello Cruz: “... é também nosso objetivo chamar a atenção do psicólogo clínico para o fato de que sua prática pode e deve ser enriquecida através da aquisição de conhecimento e treinamento necessário para o emprego de drogas psicotrópicas. Entre as várias razões que justificam esse direito está o grande avanço que a psicofarmacologia vem conquistando graças à pesquisa básica, que conta, inclusive, com grande participação de pesquisadores com formação em psicologia. Outra razão importante é que drogas psicotrópicas, bem como as psicoterapias, parecem atuar de forma semelhante no sistema nervoso central”. (LANDEIRA-FERNANDEZ; CRUZ, 1998)

Para ler o trabalho de Alex Sandro Tavares da Silva na integra: