#Entrevistando Psicólogos

Nome: Renata Pereira da Silva
Formada em: 2008

1. Quando começamos o curso, todos perguntam por que escolhemos Psicologia. Hoje, afinal, você consegue responder esta pergunta? Em que outras carreiras pensou?
Não sei ao certo por que escolhi. Me lembro que ainda bem nova, com mais ou menos uns 11 anos de idade, sabe-se lá por que, coloquei na cabeça que faria psicologia. Detalhe é que nem sabia direito o que fazia exatamente um psicólogo, mas, de repente, sabia que queria ser uma. Então, o tempo foi passando e acho que as pessoas para quem eu dizia o que queria ser quando crescesse, assim, de forma tão segura, achavam bonitinho e acabavam comprando a idéia.
Quanto a outras carreiras, acho que o que aconteceu comigo foi diferente do que acontece com a maioria dos adolescentes que vai preencher uma ficha de inscrição de vestibular, porque eu, aos 17 anos, só conseguia pensar na resposta para o item “primeira opção”, então, acabava repetindo “Psicologia” nos campos das outras opções. O meu maior receio quando entrei na faculdade foi de não gostar do curso, porque não me imaginava fazendo outra coisa. Mas acho que se tivesse que escolher algo diferente, seria algo como musica ou teatro, cursos que também fiz durante a adolescência.


2. Como foi entrar no mercado de trabalho?
O meu sonho desde o inicio da faculdade sempre foi trabalhar na área clinica e todo mundo com quem conversava me dizia que essa era a área mais difícil. E acredito que seja de fato. Durante a faculdade, fazia terapia em um consultório onde trabalham vários psicólogos e um psiquiatra. Por causa da freqüência com que ia até lá, acabei conhecendo as pessoas, e, quando me formei, uma das profissionais de lá estava saindo, então, ficou sobrando uma sala. Minha psicóloga, que sabia do meu interesse, me convidou para trabalhar lá. Chamei uma amiga da faculdade e começamos a dividir a sala. Isso aconteceu a quase três anos, ainda estou construindo a carreira, e isso só está sendo possível, porque tenho a ajuda dos profissionais do consultório, que acreditam no meu trabalho e me ajudam, encaminhando pacientes, e aos meus pais, que sempre me apoiaram e me ajudam financeiramente e com apoio moral quando a coisa aperta.


 3. Em qual ou quais áreas atua hoje?
Atuo na área clinica, com atendimento individual de adolescentes e adultos, na abordagem Cognitivo-Comportamental.


4. Teve alguma experiência profissional ruim em que pensou: "isso não é para mim"? Se puder, conte também alguma experiência em que se sentiu realizado.
Não digo que tenha sido uma experiência ruim, mas com certeza, foi uma experiência que me fez “cair na real”, literalmente, sobre o que era ser psicóloga, mais especificamente, psicoterapeuta: foi o meu primeiro atendimento, ainda na clinica da universidade, ouvi a historia de vida mais sofrida que já escutei até hoje. Me lembro que saí da sala meio tonta, pensando se realmente teria capacidade para ajudar aquela pessoa ou outras pessoas como ela. Naquele dia, realmente repensei a profissão. Mas eu persisti, e ainda bem!!! Porque é um trabalho muito gratificante, repleto de experiências boas, que são vividas por meio de cada paciente que melhora, por mínimo que seja. É gratificante demais!!! E vale a pena, com certeza!!!
 

5. Uma palavra, uma frase ou mensagem aos estudantes de Psicologia. Qual a sua?
Algumas pessoas a quem conto o que faço me dizem: “nossa, você passa o dia ouvindo os problemas dos outros”, e eu respondo que preciso ouvir os problemas para ajudar a descobrir a solução. Sim, os “problemas” são minha fonte de trabalho. Acho que as três palavras que definem esse trabalho são: dedicação, entrega e paixão. Quem vive isso de verdade, será bem sucedido.

Técnicas de Alteração da Consciência

CURIOSIDADE




O Inuit Throat Singing é uma modalidade nos Jogos de Inverno do Ártico. Podemos vê-lo como um exercício em que o indíviduo altera voluntariamente a consciência, assim como em práticas que envolvem movimentos corporais, como o Yoga e Tai Chi Chaun, e em rituais de repetição oral ou mental de palavras (mantras e orações). No Inuit Throat Singing há um grande controle da taxa respiratória e cardíaca, a fim de que os sons possam ser executados da forma como vemos no vídeo.

Tais técnicas permitem que situações e eventos distressantes tornem-se estímulos não-focalizados, com diminuição da atividade do sistema parassimpático, o que faz com que o praticante sinta-se bem, mais relaxado mental e fisicamente.