Como assim? "DROGA LICITA"!

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Eu nunca consegui entender o termo "DROGA LICITA", mas vou implicar-me a tentar uma definição.

A "DROGA LICITA" pode ser definida como uma substância produzida em escala industrial sob o aval do estado, o mesmo é responsável por sua fiscalização e tributação, portanto lucra com sua produção e consumo. Os cidadãos podem fazer seu uso, doméstico ou comercial, desde que dentro da faixa etária estipulada e estejam de acordo com as leis locais, como não fumar em local fechado ou conduzir um veiculo tendo consumido álcool, o seu uso pode provocar dependência física, psicológica e afecções orgânicas sérias, podendo levar a morte,  além de danos colaterais a sociedade em geral, como observa-se na inalação de fumaça realizada passivamente por não fumantes próximos de pessoas que fumam e acidentes de trânsito ocasionados por pessoas alcoolizadas.

Acredito que o termo ainda permaneça de difícil compreensão, qual é a diferença entre uma droga licita e uma ilícita?  Vou tentar definir o que são drogas ilícitas para esclarecer um pouco mais esse tema aparentemente um pouco obscuro.

A "DROGA ILÍCITA" pode ser definida como uma substância produzida em escala artesanal, mas também podendo ser produzida em escala industrial, entretanto sem o aval do estado, fazendo com que o mesmo não possa fiscaliza-la e muito menos tributa-la, portanto não lucra com sua produção e consumo. Os cidadãos não podem fazer seu uso, doméstico ou comercial, e caso o faça pode ser penalizado perante as leis instituídas pelo estado, o seu uso pode provocar dependência física, psicológica e afecções orgânicas sérias, podendo levar a morte,  além de danos colaterais a sociedade em geral.

"Neste momento tramitam em conjunto dez projetos de lei do Senado (PLSs) que tornam mais rigorosa a legislação sobre uso e propaganda de bebidas alcoólicas e cigarros. As propostas alteram a lei que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas (Lei 9.294/96)." - Jornal do Senado


A que conclusão nós podemos chegar?
A diferença crassa entre as duas definições é unicamente a participação do estado na fiscalização e tributação das drogas, que deixarei de defini-las como licitas ou ilícitas, apenas as tratarei por drogas como deve ser, portanto é permitido por lei a utilização das drogas que geram lucros para o pais, mas uma rápida pesquisa nos leva a uma grande quantidade de dinheiro gasto pelo governo para tratar doenças relacionadas ao uso de drogas.
“O governo arrecada R$ 6 bilhões com [as vendas de] cigarro e gasta com doenças provocadas pelo cigarro cerca de R$ 21 bilhões. Ou seja, o que arrecada não é a metade do que gasta. Dados do Inca [Instituto Nacional do Câncer] mostram que 90% dos cânceres de pulmão são provocados pelo cigarro e 30% de doenças coronarianas [também]”. - Diz defensor de políticas contra a venda e promoção de drogas.
Então neste momento considero que caibam outras perguntas, porque será que existe a licitude de drogas que provocam gastos tão exorbitantes para o governo e tanto mal para sua população?
Qual é a lógica da licitude de qualquer droga que não tenha a intenção de tratar e/ou curar as pessoas?
Não venho por meio deste diminuto texto propor nada além da reflexão sobre um tema emergente na sociedade atual e aproveito para citar Freud em uma de suas conferências de 1917: "Não desejo suscitar convicção; desejo estimular o pensamento e derrubar preconceitos".

Não me sinto a altura de tais palavras, mas elas expressão incrivelmente bem as minhas intenções.


Guilherme Pereira Affonso

Fontes: Estadão / Folha / Malvados / Jornal do Senado

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